terça-feira, 7 de abril de 2009

Em defesa da moral política




Muito se tem falado da crónica do João Miguel Tavares em que este compara a defesa da moral política por Sócrates à da monogamia por Cicciolina, o que lhe terá valido um processo judicial.
Ninguém, que eu saiba, assinalou o facto de durante alguns anos Cicciolina ter experimentado a monogamia. Durante um breve período, é certo. Não gostou, partiu para outra, mas pode falar de monogamia com conhecimento de causa e alguma autoridade.
Por outro lado, não lhe são conhecidos assinaturas de favor em projectos manhosos, licenciaturas de fim de semana, casas compradas por metade do preço, turbo aprovações de projectos imobiliários, processos movidos a jornalistas, e outras maldades do género. Como parlamentar, pautou a sua actuação por grande responsabilidade, noção de serviço e ética inatacável. Defendeu causas nobres tais como contra a energia nuclear e a OTAN, pelos direitos humanos e contra a fome no mundo. Não se lhe conhecem DVDs comprometedores. Do tempo da película , do beta e vhs, os videos em que aparece, ou em que é referid, mostram-na sempre em posições irrepreensíveis, ainda que na minha opiniáo inferiores à sua contemporânea monica bella.
Foi (é) uma mulher imaculada sobre todos os pontos de vista, particularmente do ponto de vista da moral política, assunto sobre o qual poderá discorrer com toda a autoridade. Foi, sem dúvida, uma grande profissional que nunca precisou do política para viver.
Importava pois sublinhar estes factos, até agora ignorados, e que desmontam cabalmente a frágil argumentação do senhor Tavares, merecedor portanto do processo que lhe foi movido pelo senhor Sócrates.

segunda-feira, 23 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Francesinha(I)


Oube lá ó jorge, bou comer outra.

Francesinha


Já se comia qualquer coisa.

quinta-feira, 12 de março de 2009

MAO SETE UM #


Os lagartos precisam de uma Revolução Cultural.

(#trocadilho da autoria de João Paulo Costa)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pickpocket


Segundo este post do João Luís Pinto, desembarcaram ilegalmente no país, vindos directamente de um musseque luandino, um bando de carteiristas pretos dispostos lançar o pânico para os lados de S.Bento.
Há notícia de terem roubado várias carteiras nas imediações, no entanto, dado que estas se encontravam vazias, contentaram-se com um banco que um incauto transeunte que por acaso ali passava, trazia no bolso. Com medo de represálias o infeliz banqueiro não apresentou queixa.

terça-feira, 10 de março de 2009

Piercing de esquerda

O João Semedo do BE considerou que "Angola é um país em que «o próprio presente não se sujeita ao escrutínio democrático natural de sociedades desenvolvidas e democráticas» há mais de 30 anos, o que constitui «uma caricatura da democracia», acrescentou o bloquista.".

Não se percebe porque é que em outras circunstâncias o BE insiste em ir à AR.

A colher

Segundo Pinto Monteiro ficámos a saber que em casos de violência doméstica,entre sujeito e predicado não se mete vírgula.

Amilcar


O assassinato de Nino Vieira fez-me lembrar que passaram no dia 20 de Janeiro (dia da posse de Barack Obama) trinta e seis anos de outro assassinato bem mais trágico para o povo da Guiné-Bissau.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Chávez e a Noruega


(O titulo deste post é uma referência ao comentário de Adão Contreiras a um post de Carlos Vidal, publicado aqui, no 5dias.)


Entre nós, muita gente parece mais preocupada com o estilo fanfarrão do homem, estilo que curiosamente tolerava em Bush.

É me muito difícil apresentar argumentos a favor ou contra Chávez com base em estatísticas, nem me interessa. Tampouco me interessa discutir os méritos da sua governação, porque só me poderia guiar por impressões. Nem sequer o referendo, que ao contrário do que alguns pretendem, não o elegeu como presidente vitalício.

O que reconheço como liberal que me vejo, é que não existe nenhuma democracia que não tenha em determinada altura optado por uma via mais ou menos socialista ou socializante, no sentido de um maior poder e interferência do estado, como forma de resolver as graves distorções resultantes da desproporção na distribuição da riqueza.
Continuo a achar que o liberalismo é muito mais eficaz na criação de riqueza, e que quando permite uma distribuição mais equilibrada, que não igualitária, conduz a uma maior liberdade individual. Acontece que, como diria Godinho,…” a paz, o pão a educação, saúde e habitação, não há liberdade a sério enquanto não houver…”
Quando se produzem sociedades tão desequilibradas como a Venezuelana, apesar dos enormes recursos, surgem fenómenos reactivos como o Chávez, produto de uma doutrina económica que não soube cuidar dos seus .
A receita FMI foi aplicada, quer na América Latina (Brasil e Argentina), quer na antiga Urss, com resultados catastróficos, conduzindo à criação de oligarquias e monopólios que não têm nada a ver, com o princípio da concorrência livre na qual assenta a bondade do capitalismo.

Neste sentido, ainda que por razões opostas, concordo com o Vidal quando diz:” É da Venezuela em concreto que Chavez pretende partir; é, a seu modo, um materialista, um homem do real. Pragmático, concreto. Eu não sei se ele leu/releu o Capital. Sei que ele olha para aquilo que o rodeia. E isso parece ser suficiente. Pragmático e concreto.”

Não há ideologia que justifique a fome.